"Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnicos, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco. E diante do furor impotente do adversário, a camisa RUBRO-NEGRA será uma bastilha INEXPUGNÁVEL "

Nelson Rodrigues

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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Com drama, Joel enfrenta fantasmas das Libertadores de 2001 e 2008

Técnico divide pela terceira vez a atenção entre a competição e o Carioca. Confronto com o Emelec, nesta quarta-feira, pode acabar com o sonho

Por Thales Soares Rio de Janeiro
Joel Santana está dividindo suas atenções entre Campeonato Carioca e Taça Libertadores. O fato não é novidade em sua vida. Foi assim com o Vasco, em 2001, e Flamengo, em 2008. Agora, volta a conviver com as dificuldades de alcançar o ponto máximo nas duas competições. Desta vez, ainda com mais drama.
Com a goleada do Lanús por 6 a 0 sobre o Olimpia, apenas a vitória sobre o Emelec-EQU, nesta quarta-feira, em Guayaquil, mantém o time dependendo apenas de seus resultados para chegar às oitavas de final da principal competição sul-americana. No Carioca, precisa conquistar a Taça Rio para disputar o título estadual com o Fluminense.

Joel lembrou os percalços de 2001, quando tinha um grande time na mão. No comando do Vasco, viu, em duas semanas, o sonho dos títulos se transformarem em pesadelo. Ele perdeu a decisão do Carioca para o Flamengo, e foi eliminado pelo Boca Juniors nas quartas de final da Libertadores, depois de fazer a melhor campanha da primeira fase.
Em 2008, depois de conquistar o título carioca contra o Botafogo, se despediu do Flamengo para comandar a seleção da África do Sul com uma derrota por 3 a 0 para o América-MEX, no Maracanã, que custou a eliminação nas oitavas de final, depois de vencer o jogo de ida por 4 a 2, na Cidade do México. O assunto até hoje dá calafrios no treinador.
Os outros países organizam suas competições para evitar o desgaste de seus clubes na Libertadores"
Autor
Joel Santana no treino do Flamengo (Foto: Alexandre Cassiano / Ag. O Globo)
(Foto: Alexandre Cassiano / Ag. O Globo)
- A situação é sempre de dificuldade. Os outros países organizam suas competições para evitar o desgaste de seus representantes na Libertadores. No Brasil, os técnicos deveriam dar opinião sobre esse calendário. Ajudaria a diminuir esse problema físico - explicou Joel.
A empate em 3 a 3 e a derrota por 3 a 2 para o Olimpia também servem de lição para o Flamengo na busca pela vaga nas oitavas de final. Segundo Joel, o técnico adversário usou mentiras para motivar seu grupo no confronto.
- Não vamos encontrar facilidade. Vão arrumar um clima como fizeram no Paraguai. Já estou doutrinado em relação a isso. Vamos para o campo sabendo o que vai acontecer e como devemos jogar - disse Joel. - A realidade é uma só. Temos de chegar lá e vencer. Time que quer a Libertadores precisa estar determinado nesse momento.
O treinador tenta diminuir a importância do confronto com o Emelec, lembrando que outros tiveram até mais peso em determinado momento. No entanto, o jogo desta quarta-feira não dará ao Flamengo a possibilidade de recuperação.
- Já tive outros difíceis. Contra o Vasco, poderíamos ter aberto uma vantagem maior, pois ficamos com a bola da vez e não fizemos. Teríamoa a chance de vencer a Taça Guanabara. Estaríamos com mais tranquilidade. Todo jogo é importante, mas esse não tem volta - afirmou Joel.

Imagem de vencedores!

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Eu, meu filho Renato e meu neto Cristiano Junior no Maraca!